Graute
Graute

Graute é um microconcreto que faz parte de praticamente todo tipo de obra que necessite de maior resistência em áreas difíceis de serem alcançadas.

Em toda a construção, existem diversos tipos de materiais que fazem parte da sustentação daquele imóvel.

Tanto é verdade que um mesmo material, como o cimento ou o concreto, por exemplo, podem ter diferentes variações dentro da mesma obra, e é sobre isso que vamos falar hoje.

Nesta matéria, entenderemos o que é, como funciona, onde é usado e de que forma o graute pode ser benéfico para uma obra. Acompanhe!

O que é graute?

O que é graute?
O que é graute?

Mas afinal, o que é graute? Antes mesmo de trazermos maiores detalhes sobre os benefícios, possíveis desvantagens, locais de aplicação e tudo mais, já vamos direto trazer a definição desse material, e de certa forma, já entender como é utilizado em uma construção civil.

Como mencionado na introdução, trata-se de um microconcreto de alta resistência. Por esse motivo, é indicado para locais que necessitam de um material com alto poder de suporte à pressão e trabalhabilidade.

Apesar de ser altamente resistente, uma das suas principais características é o fato de ser extremamente fluido.

Dessa maneira, podemos afirmar que a composição do material é voltada para uma quantidade considerável de água e outros componentes químicos que o façam agir de maneira maleável antes da secagem, justamente para facilitar o processo de uso no local mais indicado: locais de difícil acesso.

É um material muito usado em buracos e cantos, por isso possui uma formação fluida, que facilita sua entrada nestes locais.

Por esse mesmo motivo, é amplamente usado em construções tanto residenciais quanto maiores, como as prediais e públicas, pela sua qualidade de uso.

Principais tipos de graute: conheça dois modelos!

Principais tipos de graute: conheça dois modelos!
Principais tipos: conheça dois modelos!

Apesar de ser um microconcreto, o material ainda se subdivide em dois, com características semelhantes, mas também outras distintas. As diferenças principais estão na sua base de composição e também na finalidade, visto que cada um é indicado para uma fase da obra.

Entenda melhor:

1. Graute de base orgânica

Como o próprio nome indica, sua base de composição é caracterizada por um viés orgânico. Mas como assim? Bem, grande porção das resinas epóxi que fazem parte de sua composição são advindas do petróleo, por isso o nome “graute de base orgânica”.

Naturalmente, por utilizar petróleo em sua composição, o seu preço de mercado é substancialmente maior do que o de base mineral.

Todavia, o preço acaba sendo um mero coadjuvante quando comparado a qualidade desse tipo, já que o mesmo entrega maior resistência mecânica, além de garantir maior aderência da pasta criada ao concreto ou armação metálica com a qual entrará em contato.

Onde é indicado o seu uso?

Onde é indicado o seu uso?
Onde é indicado o seu uso?

O graute de base orgânica é amplamente indicado para locais que possuam movimentação da estrutura, como grandes prédios que necessitam de trabalhabilidade para garantir segurança aos usuários posteriores.

Além disso, é responsável por preencher espaços nas bases de equipamentos em indústrias, centrífugas, turbinas, trilhos para transportes pesados, pontes rolantes, entre várias outras estruturas de grande porte.

2. Graute de base mineral

Ao contrário do último modelo mencionado, esse tipo de graute confere menor resistência mecânica, mas ainda sim é utilizado tanto em construções prediais, públicas ou residenciais.

Naturalmente, seu preço é menor do que quando comparado ao outro, já que em sua composição não encontramos resinas epóxi de petróleo, mas sim base cimentícia.

Onde é indicado o seu uso?

  • Grauteamento;
  • Fixação de estruturas metálicas;
  • Fixação de postes;
  • Fundações;
  • Tirantes;
  • Fixação de pré-moldados;
  • Entre várias outras estruturas de médio a grande porte.

Apesar de também conferir alta resistência mecânica, possui efeito estático na grande maioria das obras em que é utilizado, não sendo amplamente indicado para obras que necessitam de trabalhabilidade – neste caso, o graute de resina epóxi (petróleo) é recomendado.

Graute epóxi X Graute mineral: qual a principal diferença?

Graute epóxi X Graute mineral: qual a principal diferença?
Epóxi X Mineral: qual a principal diferença?

E qual é a principal diferença entre o graute epóxi e o mineral? A consistência e resistência, seriam as duas principais diferenças.

O graute mineral possui uma consistência ainda mais maleável e fluida do que o graute epóxi, por mais que a resina seja aquosa, advinda de petróleo.

De toda forma, o epóxi garante maior trabalhabilidade e fluidez para a obra, diferentemente do mineral.

O que isso significa? Que enquanto o epóxi pode e deve ser usado em obras que possuem movimento e precisam trabalhar, o de base cimentícia é mais indicado para obras estáticas.

Como exemplo deste último, podemos citar os postes, tirantes e pré-moldados, que não possuem característica de movimento. Por outro lado, o epóxi é indicado para obras públicas, como pontes rolantes, trilhos para transporte de materiais pesados, etc.

Este foi o nosso guia sobre o graute. Como podemos perceber, é um material essencial para conferir não somente o grauteamento, como também segurança na movimentação natural de grandes estruturas metálicas, entre outras.

Na dúvida sobre qual material usar, lembre-se de consultar o responsável técnico da obra, o engenheiro civil.

Este, melhor do que ninguém, saberá de forma concisa e calculada sobre qual dos grautes – epóxi ou mineral – é o mais indicado para a obra. Até a próxima!